Para superar uma visão de infância que a diminui... O autor propõe um mergulho no mundo das crianças de forma a compreendê-las como GRUPO SOCIAL, com uma cultura própria. Nesta ótica, passam de meras consumidoras do que os adultos lhes transmitem a PRODUTORAS DE SUA PRÓPRIA CULTURA. Aborda de forma séria e instigante as características da cultura de pares na infância dando-lhes a mesma importância que as experiências vivenciadas pelos adultos.
"[falando sobre os rituais de acesso às brincadeiras em grupo das crianças] Embora Debbie finalmente seja aceita, alguém pode se perguntar por que ela simplesmente não se aproximou e disse "Oi", "O que vocês estão fazendo?" ou "Posso brincar?" Descobri que as crianças raramente usam tais estratégias diretas na creche. Uma das razões é que essas estratégias requerem uma resposta direta, e essa resposta muitas vezes é negativa. [...] Imagine-se em uma festa. Digamos que tenha acabado de chegar, saído para pegar uma bebida, ido ao banheiro ou algo assim. Agora, como as crianças da pré-escola, você não quer permanecer sozinho. O que você faz? Você se aproxima de um grupo e diz "Oi", "Sobre o que vocês estão falando?", "Posso falar também?" Provavelmente não. Em vez disso, você provavelmente se aproxima de um grupo, escuta, descobre qual é a conversa e faz uma contribuição relevante para o assunto."
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